O governo dinamarquês permite há uma
década que casais gays se casem legalmente diante de um juiz. Na Dinamarca não
existe separação entre Estado e igreja e, em breve, uma nova lei irá permitir o
casamento de homossexuais nas igrejas.
O novo governo, liderado pela
primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt quando ganhou as eleições, em setembro
de 2010, já havia anunciado sua intenção de permitir o casamento gay nas
igrejas.
“Neste ano já poderemos ver os
primeiros casais homossexuais se casarem em igrejas dinamarquesas”, disse
Helle, que considerou um passo “importante” e “natural” que na sociedade
dinamarquesa “seja reconhecida a diferença e a igualdade dos indivíduos,
independentemente de quem for”.
A lei foi apresentada no Parlamento
hoje (14) para que comece a ser debatida, mas sua aprovação é considera certa,
pois conta com amplo apoio dos três partidos governo de coalizão de
centro-esquerda. Ela deverá entrar em vigor em 15 de junho e conta com a
cumplicidade da maioria dos pastores ligados à Igreja Luterana, religião
oficial do país.
De acordo com uma estimativa feita pelo
presidente da Associação de Pastores Dinamarquês, Per Bucholdt
Andreasen, cerca de 70% dos ministros da Igreja Luterana estão dispostos a
casar gays em seus templos. Alguns deles já realizavam uma espécie de “benção”
para os gays, mas não tinha o mesmo peso de uma cerimônia oficial.
Há, porém, a resistência de alguns
pastores, por isso está prevista a cláusula de “objeção de consciência”, que
permite a cada líder para decidir individualmente se fará ou não o casamento em
sua igreja.
Com a nova lei, a Dinamarca se juntará
aos países onde o casamento gay já é uma realidade: Holanda, Espanha,
Bélgica, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.
Traduzido e adaptado de Protestante
Digital
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