terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nunes sonha com presidência do Flamengo

Ex-atacante festeja 30 anos do título mundial sobre o Liverpool e diz que pretende fazer mais pelo Rubro-Negro: 'Já estou trabalhando'

Nunes durante homenagem do Fla aos campeões de 1981 Celso Pupo/Fotoarena/AE
Nunes fez muito pelo Flamengo. Para falar de apenas um feito, o ex-atacante marcou dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool, no Mundial Interclubes de 1981, que completa 30 anos nesta terça-feira. O “Artilheiro das Decisões”, agora, quer concretizar o sonho de assumir a presidência do clube. “Já estou trabalhando para isso”, revela Nunes, sem dar mais detalhes dos seus planos, logo após almoço com a esposa e dois dos cinco filhos – “todos caprichados”, diz – em uma churrascaria. Essa é só a primeira de muitas festas pelo título mundial – uma maratona de entrevistas e homenagens, inclusive do Fla, que só deve acabar na madrugada de quarta-feira.

O cansaço, ele diz, vale a pena, e nem chega perto do que ele passou naquele 13 de dezembro de 1981. “Eles me marcaram bem. Mas se não fosse assim eu tinha feito muito mais que dois gols”, garante, sem modéstia, um dos heróis da conquista do Mundial.

Bem antes de começar a sonhar em ser presidente, Nunes se destacou no histórico Flamengo da década de 80, um time que, para muitos, faria frente ao atual Barcelona. Para o ex-atacante, aquele Fla venceria um hipotético duelo com a equipe de Messi. O placar? “Não sei, mas eu faria um gol. Pelo menos”, diz sobre o provável adversário do Santos no Mundial de Clubes deste ano.

Sem medo


“A gente não temia adversário algum. Enfrentávamos todos, sem problemas, se medo”, relembra Nunes, que faz questão de exaltar o talento de um time que tinha Zico, Adílio, Tita, Andrade, Júnior, entre outros. “Assim era fácil fazer gols. Até em cima do Barcelona de hoje”, afirma.

Talvez por se garantir nessa constelação, Nunes mostra certa indiferença com o time inglês. Ele afirma que não fazia ideia do que enfrentaria em Tóquio e confessa que pouco ou nada conhecia sobre o adversário, campeão europeu. “De coração, com todo o respeito, não me preocupei em momento em algum. Eles é que tinham que se preocupar comigo”, explica. Mas admite ter sofrido com um adversário: o fuso horário.

Passados 30 anos do título, Nunes segue sem lembrar o nome dos jogadores que enfrentou, mas se recorda bem dos gols que fez. O ex-jogador reconstitui, pé por pé, as jogadas dos seus dois gols, todos no primeiro tempo. Sobre uma possível falta de interesse do Liverpool na partida, Nunes reage: “Isso é conversa para boi dormir. Eles é que não viram a cor da bola. Quando acordaram já estava 3 a 0”. Adílio fez o outro gol rubro-negro.

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